terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Novidades Quetzal



A Pedra Ainda Espera Dar Flor, de Raul Brandão
Organização de Vasco Rosa

«Recolhido de quase quarenta publicações de todo o tipo, calibre e geografia, emergia pela primeira vez um imenso corpo textual de nítida proximidade com os temas recorrentes de Raul Brandão, que algumas vezes, e a considerável distância temporal, serve de base a passagens das suas Memórias, outras comenta livros da época, outras ainda, como os verbetes do Guia de Portugal, desdobra a escrita impressionista de Os Pescadores e de As Ilhas Desconhecidas, ou enfatiza todo o seu envolvimento com o teatro e desde mais cedo (1892) do que é considerado (1895). Ficava também em evidência a atenção central concedida a Columbano Bordallo Pinheiro e a Guerra Junqueiro […], a sua compaixão por Almeida Garrett janota, impiedosamente troçado nas gazetas e nas tertúlias, o seu fascínio por Camilo Castelo Branco, e trazia-se a primeiro plano a «História do batel Vai com Deus e da sua campanha», folhetim da nossa vida piscatória publicado em 1901, claramente preanunciador de Os Pescadores, escrito duas décadas depois – e que não devia faltar, como anexo, a nenhuma edição desse livro digna do nome.» Do prefácio de Vasco Rosa

O Autor:
Raul Brandão nasceu na Foz do Douro, a 12 de Março de 1867, e morreu em Lisboa, a 5 de Dezembro de 1930. Militar de 1888 a 1911, foi ao jornalismo e à literatura que dedicou a sua vida, escrevendo livros, como Húmus, a sua obra-prima, ou peças de teatro, como O Gebo e a Sombra, que impressionaram várias gerações até aos nossos dias. Sem nunca ter escrito poesia, a sua escrita é predominantemente poética, e a condição o tema profundo da sua obra: simbolista-decadentista no início, impressionista no final, quando escreve Os Pescadores e As Ilhas Desconhecidas – Notas e Paisagens, considerado «um dos melhores livros de viagens de todos os tempos na literatura portuguesa». As suas Memórias, em três volumes, são também uma das grandes referências nacionais deste género literário.
Vasco Rosa é editor e investigador na área da literatura. Colaborou com várias revistas e jornais, como a K e o Independente. Foi o responsável pela edição da obra completa de destacados autores portugueses, nomeadamente da de Nuno Bragança. Vasco Rosa tem estudado em profundidade a totalidade da obra, incluindo a inédita, de Raul Brandão.

Nas livrarias a 22 de Fevereiro



Os Emigrantes, de W.G. Sebald

«Ao mesmo tempo despretensiosa e lírica, factual e misteriosa, condensada e difusa, a estranha precisão da sua prosa é enganadoramente simples, tão invulgar e perturbadora como as histórias que nos conta.» Boston Review

«Um dos mais misteriosamente sublimes escritores europeus contemporâneos.» James Wood

Enquanto narra e documenta a vida e as vicissitudes de quatro judeus expulsos das suas terras – e num tempo em que se cultiva o esquecimento –, W.G. Sebald reaviva a memória de um período da História recente europeia, cujos acontecimentos determinaram dramaticamente o destino individual. Mas, se por um lado Os Emigrantes é uma evocação do exílio e da perda, por outro é também a de um tempo reencontrado, nas viagens que esses homens empreenderam em busca de si próprios e de um lugar para viver, e o seu triunfo sobre a dor da separação e da morte. Deambulando entre a realidade e a fantasia, a investigação e a ficção, W. G. Sebald segue e relata o caminho destas figuras numa prosa atmosférica, evanescente, magnífica.

O Autor:
W.G. Sebald nasceu em 1944 em Wertach, na Alemanha, e viveu desde 1970 em Norwich, no Reino Unido, onde foi docente universitário de Literatura Alemã. Prosador e ensaísta, é autor de grandes marcos da literatura contemporânea como Os Anéis de Saturno, Austerlitz, Os Emigrantes ou História Natural da Destruição. Sebald foi galardoado com os prémios literários Mörike, Heinrich-Böll, Heinrich-Heine e Joseph Breitbach.
W.G. Sebald morreu em 2001.

Nas livrarias a 8 de Março

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