Gabriela,
Cravo e Canela, de Jorge Amado
No ano em que se assinala o
centenário do nascimento de Jorge Amado, a Dom Quixote reedita aquele que é,
porventura, o seu livro mais emblemático. Gabriela,
Cravo e Canela é mais do que a história de amor do árabe Nacib e da
sertaneja Gabriela. É a crónica de uma pequena cidade baiana, Ilhéus, quando
passava por bruscas transformações, por volta do ano de 1925. A riqueza trazida
pelo cacau possibilitara o desenvolvimento urbanístico e o progresso económico,
transformando profundamente a fisionomia da cidade.
Publicado em 1958, Gabriela, Cravo e Canela recebeu no ano
seguinte os prémios Machado de Assis e Jabuti. Pouco depois, em 1961, Jorge Amado
seria eleito para a Academia Brasileira de Letras, em grande parte graças ao
estrondoso sucesso do livro.
Nas Livrarias a 11 de Junho
Flores
Caídas no Jardim do Mal (Primavera), de Mons Kallentoft
O sol primaveril brilha em
Linköping, no centro da Suécia, e aquece os poucos habitantes, ainda pálidos da
escuridão de um inverno prolongado, que ousaram sair para tomar café nas
esplanadas da cidade. Uma mulher passeia com as duas filhas pela Praça Grande
da cidade e dirige-se à caixa automática de um banco para levantar dinheiro. E,
subitamente, há um som aterrador que atravessa a cidade e faz estremecer as
construções mais sólidas e os corações mais endurecidos. Momentos depois, Malin
chega à praça e a visão que a atinge dificilmente poderá ser apagada…
Nas Livrarias a 11 de Junho
Escutando
o Rumor da Vida seguido de Solidões em Brasa, de Urbano Tavares Rodrigues
Escutando
o Rumor da Vida, como o próprio
título o diz, é uma tentativa de visão global do mundo em que vivemos, mas
inteiramente diferente das obras convencionais realistas e naturalistas. Bem
pelo contrário, aqui reinam a excentricidade, a loucura, o humor e até o
absurdo tornado real, desde a conversão do belo tenebroso Olímpio no herói da
generosidade e do amor, à excentricidade erótica de Teresa Cordovil…
Já na novela Solidões em Brasa pode parecer mais natural a inquietação de Vítor
Córdova, que procura no amor e no sexo, na viagem e nos seus pequenos delírios
um sentido para a vida, que afinal não encontra, bem como Maria Lucília
Rodrigues, pintora que acaba por se suicidar, desesperando de achar a harmonia,
a verdade que perseguiu.
Nas Livrarias a 18 de Junho
Uma
Manhã Perdida, de Gabriela Adamesteanu
Numa manhã fria de inverno, Vica
Delcă, uma mulher de setenta anos a quem o regime comunista fechou a loja e que
vive com dificuldades, caminha sozinha pelas ruas de Bucareste. A sua intenção
é visitar a irmã e, de seguida, dirigir-se à mansão da sua antiga patroa em
busca de um donativo mensal, mas também para conversar um pouco e lembrar os
velhos tempos.
Uma Manhã Perdida é um magistral
romance polifónico que, alternando entre o solene e o cómico, a ternura e o humor,
nos relata a saga de uma família romena durante cem anos e, a partir desta, de
todo um povo. Publicado em 1983, este é o romance que catapultou Gabriela
Adameşteanu para a primeira linha dos escritores romenos.
Gabriela Adamesteanu estará em
Lisboa, de 1 a 5 de Julho, para promover este romance.
Nas Livrarias a 25 de Junho
O
Som e a Fúria, William Faulkner
O
Som e a Fúria é a história da
tragédia da família Compson, apresentando algumas das personagens mais
memoráveis da literatura: a bela e rebelde Caddy; Benjy, o filho varão; o
assombrado e neurótico Quentin; Jason, o cínico brutal; e Dilsey, o criado
negro. Com as suas vidas fragmentadas e atormentadas pela história e pela
herança, as suas vozes e acções enredam-se para criar o que é, sem dúvida, a
obra-prima de Faulkner, e um dos maiores romances do século XX.
Esta edição, que assinala os 50
anos desde a morte do autor, conta com um prefácio de António Lobo Antunes.
Nas Livrarias a 30 de Junho