terça-feira, 8 de novembro de 2011

Eternidade, de Alyson Noel - Opinião

Eternidade, de Alyson Noel
Série Os Imortais
Edições Gailivro

Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre... Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a história da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa. Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste. Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever. À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.


Alyson Noel apresenta-nos Ever, uma rapariga como as outras se não fosse o terrível acidente que ceifou a vida dos seus pais e irmã. Mas, para além da dor do luto, o acidente deixou-lhe ainda uma cicatriz e um dom, que Ever não entende como tal.
Adoptando um visual mais escondido do que seria normal numa rapariga de 16 anos, Ever muda de casa e de escola e encontra amigos nos “anormais” que ela antes gozava.
A todo o custo evita o toque dos colegas, amigos e tia, já que o mesmo lhe permite saber tudo sobre o seu interlocutor: passado, presente e futuro.
Até ao dia em que aparece Damen…
Damen é o sonho de qualquer miúda. É giro, rico, e consegue calar o mundo de Ever quando lhe toca. Sim, porque Ever não o consegue “ler” como aos restantes colegas. Ah… e tem aquela mania de fazer aparecer túlipas vermelhas para lhe oferecer.

Na realidade ia com bastantes expectativas para este livro. As mesmas não foram concretizadas.
De início achei que era uma mistura de livros do género. O aluno novo na escola de quem ela se afasta porque lê pensamentos (versão inversa no Crepúsculo), a cicatriz na testa resultado do acidente e que depois se vai revelar importante (Harry Potter), as garrafas vermelhas com um líquido que são a única alimentação de Damen (Sangue Fresco). Como ser original quando nos baseamos numa mistura de todos os outros?
A história é engraçada, mas como digo mantem-se no mesmo género dos demais. Na realidade a personagem que achei mais interessante e rica no livro é a da amiga de Ever, Haven. Representa a rapariga que faz de tudo para chamar a atenção porque não a tem em casa. Ela desparece a dada altura do livro e os pais nem se preocupam.
Podemos achar que é mais um livro de vampiros mas não é. Damen é um imortal e não um vampiro. Chamam-lhe alquimia. E procura em Ever o seu amor imortal.
A escrita é fluida e agradável. Ainda bem. Porque se não o fosse o livro seria desistido a meio em muitas boas casas. Compreendo a dificuldade de Alyson em escrever algo do tipo sem se colar aos livros fantásticos mais conhecidos. Mas penso que o tema retratado em algo menos juvenil poderia ser muito mais interessante.

Assim fica um livro que entretém algumas horas (cerca de 4, na realidade) mas que acabamos e colocamos de lado sem pensar muito mais nele. Se continuo a ler a série? Não faço ideia. Até porque não consigo descobrir por onde há-de a autora pegar para conseguir esticar a história. Para mim está tudo dito no primeiro livro.

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